Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM PACIENTES ASMÁTICOS ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM PERNAMBUCO

Fundamentação/Introdução

A intersecção entre obesidade e asma representa um desafio significativo para a saúde pública global, visto a interação complexa entre essas duas condições inflamatórias crônicas. Compreender essa relação é fundamental para melhorar o manejo clínico e desenvolver estratégias eficazes de intervenção.

Objetivos

Analisar a prevalência de obesidade em pacientes asmáticos acompanhados em serviço de referência em Pernambuco.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e descritivo, do tipo corte transversal, realizado no período de agosto de 2023 a agosto de 2024, em que foram coletados e analisados dados de 44 prontuários de pacientes adultos com diagnóstico de asma (quadro clínico associado à espirometria com resposta após uso de broncodilatador). Para o estudo, foi considerada a classificação da obesidade conforme índice de Massa Corporal (IMC) e o controle dos sintomas, de acordo com o teste de controle de asma (ACT), um questionário de cinco perguntas que aborda, nas últimas quatro semanas, a frequência e a gravidade dos sintomas, a interferência nas atividades diárias e o uso de medicação de resgate.

Resultados

A presença de pacientes com sobrepeso e obesidade foi significativa (79,4%), com 36,36% da amostra apresentando sobrepeso e 43,04% classificados com algum grau de obesidade. Dentre os pacientes obesos, 20,44% são classificados como grau 1, 9% como grau 2 e 13,6% como grau 3. Além disso, a análise dos níveis de controle da asma em relação ao IMC revelou que, a maioria dos pacientes classificados como grau 1 e grau 2 de obesidade apresentou um bom controle da asma (88% e 100%, respectivamente), com uma discreta queda nos pacientes com grau 3 (83,26%).

Conclusões/Considerações finais

A alta prevalência de sobrepeso e obesidade na amostra ressalta a importância de considerar a obesidade como um fator relevante no manejo da asma. Além disso, pode-se perceber que a amostra estudada apresentou, no geral, um bom controle dessa condição. Nos pacientes com obesidade grau 3, foi analisada a menor taxa de controle dos sintomas em relação aos demais grupos, reforçando a importância da adoção de medidas que visem estimular a perda de peso, visto seu impacto na diminuição de sintomas, redução da necessidade de medicação, melhora da função pulmonar e do estado de saúde em pacientes asmáticos obesos.