Dados do Trabalho

Título

Análise das internações por insuficiência cardíaca por macrorregião pernambucana nos últimos 5 anos.

Fundamentação/Introdução

A insuficiência cardíaca é uma síndrome de alta prevalência no Brasil, com gastos importantes à saúde pública.

Objetivos

Analisar a incidência e mortalidade da insuficiência cardíaca em Pernambuco e por macrorregiões pernambucanas.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico com dados do DATASUS, incluindo pacientes das quatro macrorregiões pernambucanas com diagnóstico de IC.O período pré-pandemia foi de 2014 a 2019, o período de pandemia foi de 2020 a 2022, e o pós-pandemia foi em 2023. Foram coletados dados sobre óbitos, internações, a média de dias e taxa de mortalidade. Para análise estatística, foi realizado o teste de Shapiro-Wilk para normalidade e análise de variância com teste de Friedman e post-hoc de Tukey. Um intervalo de confiança de 95% foi estabelecido.

Resultados

Observou-se um decréscimo no número de óbitos por IC no estado de Pernambuco do período pré-pandemia para a pandemia (-13%; p = 0,003), sendo o maior expoente dessa queda a região metropolitana (-13%). O período pós-pandemia apresentou um aumento de 7% nos óbitos em relação à pandemia, sendo o maior expoente a região metropolitana (+10%). O número de internações apresentou queda no período pandêmico em relação à pré-pandemia (-6%), a região que mais diminuiu suas internações foi o sertão (-34,3%), seguindo-se a isso um acréscimo (+23%) no pós pandemia em relação à pandemia, sendo que a região que mais aumentou suas internações foi a metropolitana (+27%). A taxa de mortalidade apresentou queda (-7%) na pandemia em comparação à pré-pandemia, nesse período a região metropolitana foi a que mais a diminuiu (-12%), enquanto há nova queda no pós pandemia em relação à pandemia (-14,5%), o agreste foi a região com maior diminuição de seus casos (-31%). A média de dias por internações apresentou valores semelhantes na pandemia e na pré-pandemia, enquanto observa-se um acréscimo no pós pandemia (+8%). As regiões que mais apresentaram alterações em todos os 5 anos foram a metropolitana (-6% na pandemia) e o agreste (-3,5% no pós pandemia).

Conclusões/Considerações finais

Identificou-se um decréscimo significativo nos óbitos por insuficiência cardíaca durante a pandemia, especialmente na região metropolitana, seguido por um aumento não significativo no pós-pandemia. O período de pandemia apresentou impactos na grande maioria das variáveis, revelando as mudanças ocorridas na saúde pública pernambucana nesse período.

Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca, Pernambuco, Macrorregiões, Internações, Óbitos, Taxa de Mortalidade, Média de dias por internação.