Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

RESOLUÇÃO DE PSORÍASE ERITRODÉRMICA EM PACIENTE COM HIV APÓS USO DE TARV(ABACAVIR, LAMIVUDINA E DOLUTEGRAVIR): RELATO DE CASO.

Introdução/Fundamentos

A psoríase eritrodérmica pode representar uma manifestação cutânea da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana(HIV). Embora comum, a psoríase associada ao HIV é pouco compreendida, provavelmente devido ao paradoxo que apresenta: a psoríase resulta da ativação das células T, enquanto a infecção pelo HIV/síndrome da imunodeficiência adquirida(SIDA) determina uma depleção maciça de células T.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente em investigação de psoríase eritrodérmica que apresentou diagnóstico de infecção pelo HIV, com melhora dermatológica após início da terapia antirretroviral(TARV) com abacavir, lamivudina e dolutegravir.

Descrição do Caso

Relato de caso.

Conclusões/Considerações Finais

Homem, 32 anos, branco, previamente hígido, relatou surgimento de eritema e descamação em pele em toda a extensão do seu corpo de início há 2 meses, além de edema em membros inferiores e abdome há 2 semanas. Apresentava hiperceratose ungueal e onicólise discreta. Em exames, havia alteração de função renal, anemia leve, leucometria com aumento de neutrófilos, porém linfopenia(702 células/ml) e proteinúria de 24 horas com 24 gramas de proteínas. Apresentou dois resultados reagentes para anticorpos anti-HIV1/2. Em biópsia renal, havia alterações sugestivas de nefropatia por HIV. A biópsia da pele eritrodérmica demonstrou hiperplasia epidérmica acentuada, camada granular reduzida e paraqueratose confluente, concluindo a hipótese de psoríase eritrodérmica. Não foi optado pelo início do tratamento imunossupressor específico para a psoríase, uma vez que poderia deixar o paciente suscetível a processos infecciosos. A TARV foi iniciada com lamivudina, abacavir e dolutegravir. A carga viral quantificava 172369 cópias/ml, a contagem de CD4 358 células/mm³ e CD8 1808 células/mm³. A eritrodermia e descamação de pele melhorou drasticamente com 3 semanas da introdução da TARV. A melhoria dos sintomas cutâneos correlacionou-se com a rápida depleção de cópias virais e o aumento no número total de linfócitos(892 células/ml e 2.353 células/ml no início do tratamento e na semana 3, respectivamente).

Área

Tema Livre

Instituições

Hospital Barão de Lucena - Pernambuco - Brasil

Autores

MARINA DORNELLAS CAMARA DE ALMEIDA CHAVES, DANIELLE NEVES ABATH, MARCO ANTONIO FARIAS BARBOSA, MARIA VITORIA VIDAL SIQUEIRA, VICTOR MUNIZ SIQUEIRA