Dados do Trabalho

Título

IMPACTOS DA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 NOS MUNICÍPIOS COM MENORES DENSIDADES POPULACIONAIS DO PERNAMBUCO

Fundamentação/Introdução

Devido à falta de acesso à saúde no interior do estado de Pernambuco, é essencial que as campanhas de vacinação contra a COVID-19 priorizem os pequenos municípios, que frequentemente sofrem com a escassez de recursos como ventiladores e unidades de terapia intensiva (UTI). Neste contexto, o presente estudo realiza uma análise dos impactos da primeira dose das vacinas contra a COVID-19 nesses pequenos municípios, comparando-os com a situação dos grandes centros urbanos no estado de Pernambuco.

Objetivos

Há uma necessidade urgente de abordar as disparidades no acesso à saúde nos pequenos municípios do interior de Pernambuco, em consonância com o princípio da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo surge dessa premissa..

Delineamento e Métodos

Base de Dados:
Os dados sobre a pandemia foram obtidos pela SEPLAG e os dados de vacinação pela SES-PE.

Tipo de Estudo:
O estudo é observacional, utilizando uma analise estatística para avaliar o efeito da vacinação contra a COVID-19 no estado de Pernambuco e nos três clusters.

Local de Estudo:
O estudo foi realizado no estado de Pernambuco.

População e Amostragem:
A população estatística incluiu todos os residentes de Pernambuco, considerando o período desde o primeiro caso em 05/03/2020 até 90 dias após o início da vacinação para maiores de 18 anos.

Metodologia Estatística:
Os municípios do estado foram divididos em três clusters com base em PIB, densidade demográfica e IDH. Cluster 1 com os maiores municípios e o cluster 3 com os menores municípios.

Resultados

Os municípios do estado foram classificados em três clusters com base na densidade populacional, apresentando medianas de: C1 com 3291,1 hab./km², C2 com 401,1 hab./km², e C3 com 88,2 hab./km². A taxa de vacinação da primeira dose foi: C1 com 73,7%, C2 com 82,0%, e C3 com 81,1% da população. A redução no número de óbitos, comparando seis meses antes e depois da vacinação e dividida pela taxa de vacinação, foi: C1 com 77,7%, C2 com 79,0%, e C3 com 74,5%.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que o cluster 3, composto pelos menores municípios do Estado de Pernambuco, obteve a menor redução de óbitos, apesar de apresentar uma alta taxa de vacinação. Isso sugere que, conforme o princípio da equidade, esses pequenos municípios deveriam ter sido priorizados na campanha de vacinação, visando compensar a desigualdade no acesso à saúde.