Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Incidência da morbidade por Febre reumática nas 5 regiões do Brasil, no período de 2012-2024: um levantamento epidemiológico baseado pelos dados do DATASUS

Fundamentação/Introdução

Por mais que, a Penicilina G Benzatina tenha se consolidado como terapêutica profilática para a Febre Reumática (FR), ainda são recorrentes os casos dessa incapacitante doença sistêmica na população, sendo capaz de gerar repercussões desde às articulações às válvulas cardíacas.

Objetivos

Realizar um levantamento epidemiológico da incidência de morbidade por FR, avaliada através do quantitativo de internações nas regiões do Brasil, no período de janeiro de 2012 a maio de 2024, com os objetivos de definir quais as regiões de maior incidência de morbidade para FR e avaliar possíveis inversões regionais de prevalência das internações.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional, transversal, de natureza quantitativa, realizado através da coleta de dados obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, referentes à internação por FR aguda, em 2012 a 2024, por regiões do Brasil: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Norte (N), Sul (S) e Centro-Oeste (CO).

Resultados

O estudo revelou diferenças significativas na incidência de morbidade por FR entre as regiões brasileiras que, ao total, foram registradas 31.231 internações no período avaliado. O NE e o SE apresentaram as maiores incidências de morbidade, correspondendo, respectivamente a 37,48% e 31,22% do total de internações pela doença no Brasil. Não foram evidenciadas inversões regionais na prevalência de internações, porém, foi visto a presença de períodos de picos e declínios na morbidade entre as regiões. O NE apresentou a maior incidência (11.707 casos), sendo seu ápice em 2013, com 2316 internações e, desde 2019, observa-se um declínio. Em contrapartida, a região S foi a que apresentou a menor taxa de incidência (392). Já o SE, encontra-se na segunda posição (9751), mas foram evidenciadas variações em 2018, 2020, 2022, 2023 e 2024, de modo que, nesse período, a região SE superou a incidência da NE. Por fim, O CO e N oscilam entre a terceira e quarta posição ao longo dos anos, apresentando picos e reduções.

Conclusões/Considerações finais

Portanto, foi evidenciado que, as regiões NE e SE possuem as maiores incidências de morbidade por FR, avaliada através do quantitativo de internações hospitalares nas regiões brasileiras. Ademais, não foram observadas inversões regionais de prevalência das internações, mas foi visto, a presença de picos, reduções e oscilações na incidência de morbidade por FR entre as regiões.

Área

Tema Livre

Instituições

Centro Universitário Maurício de Nassau - Pernambuco - Brasil

Autores

MARIA JÚLIA CAITANO REIS DE SOUZA, Ravel Janguiê Porto Barros