Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS DA DOENÇA MINERAL ÓSSEA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA ADMITIDOS EM URGÊNCIA DIALÍTICA EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA EM RECIFE, PERNAMBUCO

Fundamentação/Introdução

A Doença Mineral Óssea (DMO) contribui significativamente para o aumento na taxa de mortalidade de pacientes com Doença Renal Crônica (DRC), uma vez que se associa a consequências clínicas negativas como: diminuição da massa óssea, aumento das fraturas por fragilidade e aumento do risco cardiovascular por calcificação extra esquelética. Dessa forma, torna-se imperioso a avaliação da prevalência e dos fatores associados à DMO em pacientes com DRC.

Objetivos

Definir a prevalência de DMO, assim como os fatores associados, nos pacientes sem DRC previamente conhecida mas que apresentavam alteração ultrassonográfica compatível com DRC e que foram admitidos com necessidade de hemodiálise de urgência no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), em Recife.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, descritivo, transversal, de natureza quantitativa e qualitativa realizado através da avaliação de dados coletados de prontuários, no período de abril a setembro de 2022. Sendo o estudo devidamente autorizado pelo HAM e pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Nos pacientes com DRC admitidos em urgência dialítica foram observados os marcadores da remodelação óssea. Foi evidenciado que o paratormônio (PTH) teve valor médio de 157,2 (DP: 170,2), sendo 41,3% de pacientes com valores acima de 65; e 31,7% com valores acima de 150. Outros parâmetros apresentaram alterações compatíveis com DMO, como a fosfatase alcalina, com valor médio de 91 (DP:45,7) sendo elevada em 19% dos pacientes; o fósforo, com média de 6,1 (DP: 1,9) com 79,4% da população com hiperfosfatemia; e o cálcio corrigido pela albumina, com média de 9 (DP: 0,9), sendo 20,6% dos pacientes com hipocalcemia. Por fim, a vitamina D teve média de 18,4 (DP: 10,7), sendo 61,9% dos pacientes com deficiência e 25,4% com insuficiência, totalizando 87,3% dos pacientes com valores abaixo do considerado ideal.

Conclusões/Considerações finais

Concluímos, portanto, que a prevalência de DMO demonstrada pelas alterações dos níveis séricos de PTH, fósforo e vitamina D esteve presente em mais de 70% da população analisada. Portanto, o hiperparatireoidismo é ocorrência frequente nesta amostra e seu diagnóstico precoce, prevenção e tratamento devem ser estabelecidos em conformidade com as diretrizes recentes em qualquer paciente que se evidencie DRC.

Área

Tema Livre

Instituições

Centro Universitário Maurício de Nassau - Pernambuco - Brasil, Hospital Agamenon Magalhães - Pernambuco - Brasil

Autores

RAVEL JANGUIÊ PORTO BARROS, Maria Julia Caitano Reis de Souza, RAÍSSA CAROLINNE BORBA ALVES DA SILVA