Dados do Trabalho
Título
DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE MEMBRANAS DE QUITOSANA COM EXTRATO DE SCHINUS TEREBINTHIFOLIUS PARA USO TÓPICO EM LESÕES CUTÂNEAS: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA CONTRA STAPHYLOCOCCUS AUREUS.
Fundamentação/Introdução
Lesões cutâneas são um desafio clínico, especialmente quando infectadas por Staphylococcus aureus, um patógeno resistente a muitos antibióticos. A busca por novas terapias levou à investigação de biomateriais como a quitosana, conhecida por sua
biocompatibilidade, combinada com extratos naturais. Schinus terebinthifolius (aroeira) é valorizado por suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, sendo viável a sua aplicação no processo de cicatrização de lesões.
Objetivos
Desenvolver e avaliar membranas de quitosana contendo extrato de entrecasca da Schinus terebinthifolius para uso tópico em lesões cutâneas.
Delineamento e Métodos
Estudo experimental com elaboração de membranas de quitosana com diferentes concentrações de extrato de Schinus terebinthifolia (5% e 10%). Foram analisados ph da membrana e a atividade antimicrobiana do extrato que compõe a membrana, pela técnica de difusão de discos em meio de cultura sólido Ágar Müeller Hinton (AMH), em placa de Petri, o inóculo bacteriano de Staphylococcus aureus ATCC® 25923. A leitura das placas foi realizada com paquímetros determinando os diâmetros dos halos formados, correspondentes a sensibilidade Staphylococcus aureus aos extratos de Schinus terebinthifolia. A interpretação dos resultados foi estabelecida pela nova metodologia de tabelas de pontos de corte para interpretação de concentração mínima inibitória CIMs e diâmetros de halos preconizado pelo Brazilian Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing – BrCAST.
Resultados
Os resultados macroscópicos após incubação 30ºC por 24h da atividade antimicrobiana do extrato Schinus terebinthifolia nas concentrações de 43µg e 21,5µg apresentaram as melhores concentrações inibitórias e halos de inibição para Staphylococcus.aureus, respectivamente, de 16 mm e 14 mm. Ao analisar o pH das membranas, não obteve diferença relevante entre as concentrações 5% e 10%, sendo identificado média de pH de 5,5.
Conclusões/Considerações finais
Os melhores resultados da atividade antimicrobiana do extrato de Schinus terebinthifolia foram observados nas concentrações de 43µg e 21,5µg. A membrana confeccionada com 5% do extrato de apresentou a melhor adaptação, mas a concentração de 10% tornou a membrana demasiadamente rígida, inviabilizando sua utilização. Futuras pesquisas devem explorar o uso de concentrações mais baixas do extrato na confecção das membranas.
Área
Tema Livre
Instituições
Faculdade de Ciências Médicas - Paraíba - Brasil, Faculdade de Medicina de Olinda - Pernambuco - Brasil
Autores
GISLAINE SIMOES PORTELA, Sarah Maria Lucena Teles CRUZ, Leane de Fátima Matias NASCIMENTO, Andressa Fernandes BEZERRA, Tharcia Kiara Beserra OLIVEIRA