Dados do Trabalho

Título

EPIDEMIOLOGIA DA MORBIDADE HOSPITALAR DA POPULAÇÃO IDOSA POR PNEUMONIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE DE JUNHO DE 2019 A JUNHO DE 2024

Fundamentação/Introdução

A pneumonia assume um caráter alarmante na saúde pública devido ao seu impacto substancial na morbidade e mortalidade, constituindo uma das principais doenças infecciosas, especialmente em populações vulneráveis. É nesse contexto que os idosos assumem relevância ainda maior, em decorrência principalmente do sistema imunológico enfraquecido e de doenças crônicas. Tal enfermidade, ainda, pode levar a complicações graves, como sepse e falência respiratória, aumentando a carga sobre os sistemas de saúde e os custos associados ao tratamento.

Objetivos

Descrever a epidemiologia das internações por pneumonia da população acima de 60 anos em Pernambuco entre 2019 e 2024.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo transversal de abordagem quantitativa, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram consideradas as variáveis custo aos serviços hospitalares, macrorregião de saúde, raça, sexo, faixa etária, caráter do atendimento, média de permanência e óbitos das internações por pneumonia entre os idosos em Pernambuco de junho de 2019 a junho de 2024. Tais variáveis foram analisadas por meio da estatística descritiva.

Resultados

Ao longo do período analisado, Pernambuco registrou 42.669 internações de idosos por pneumonia, as quais totalizaram 57.804.838,30 reais de custo aos serviços hospitalares. Observou-se predomínio dos casos na região Metropolitana (51,7%; 22.053) e entre a raça parda (67,8%, 28.937). Em relação ao sexo, 23.618 (55,3%) casos pertenciam ao feminino e 19.042 (44,7%) ao masculino. Maiores de 80 anos constituíram a principal faixa etária afetada (45,4%; 19.372), refletindo o aumento gradual dos casos com o passar da idade. As internações de caráter urgente representaram 92,9% (39.674), enquanto as eletivas, 7,0% (2.986). O tempo médio de permanência foi 8,2 dias, sendo o mínimo atingido, até o momento, em 2024 (7,9 dias). Houve registro de 7.317 óbitos (17,1%).

Conclusões/Considerações finais

O alto número de casos confirmados entre os anos destacados aponta um desafiador cenário no que tange à saúde pública pernambucana. Torna-se imprescindível a análise dos aspectos epidemiológicos das internações dos idosos por pneumonia, para que sirvam de subsídio em relação a políticas públicas de combate e tratamento eficaz a tal doença, a fim de reduzir a morbimortalidade e diminuir, consequentemente, a oneração do Sistema Único de Saúde.