Dados do Trabalho

Título

Os efeitos imunoterápicos relacionados ao uso do Teplizumab - um anticorpo monoclonal anti-CD3 - em pacientes com predisposição a diabetes mellitus tipo 1 e recém-diagnosticados na prática clínica: uma revisão sistemática

Fundamentação/Introdução

Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica autoimune, caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas, o que culmina na ineficiência da produção de insulina. Tal situação gera inúmeros desconfortos e implicações ao portador de DM1, como dependência à insulina, monitoramento contínuo da glicose, riscos de complicações crônicas , limitações na dieta e estilo de vida.

Objetivos

Objetivos: Identificar os principais efeitos imunoterápicos do uso mAb anti-CD3 Teplizumab, na prevenção e na remissão de DM1 em pacientes com predisposição ou recém-diagnosticado na clínica médica

Delineamento e Métodos

Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados utilizando os descritores em ciências da saúde (DeCS): "diabetes mellitus tipo 1", "anticorpo monoclonal" e "peptídeo C", otimizados pelo operador AND. As buscas foram realizadas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e Embase. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados de 2013 a maio de 2024, sem restrição de idioma, de acesso gratuito. Excluíram-se artigos duplicados, artigos com acesso pago e artigos que demonstraram o uso do teplizumab em associação com outra terapia. Foi seguido o protocolo PRISMA. Quatro integrantes realizaram a triagem e seleção dos artigos relevantes à temática discutida.

Resultados

Resultados: Inicialmente foram identificados 773 artigos e após a aplicação dos critérios descritos foram selecionados 8 artigos. Sendo totalizado 1218 participantes. Nos participantes de alto risco, houve retardo do diagnóstico de DM1, melhora na função das células beta pancreáticas e das respostas C-peptídicas. Ademais, foi notável a melhora do estado metabólico neste grupo. Em relação aos pacientes recém diagnosticados com DM1, houve uma diminuição da perda de peptídeo C, aumento da AUC de peptídeo C, diminuição da necessidade de insulina exógena, não houve diferenças significativas quanto a HbA1c. Alguns dos efeitos adversos identificados foram: linfopenia temporária, erupção cutânea e febre.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: O estudo demonstrou que o uso do Teplizumab é uma alternativa viável para o tratamento de DM1 em pacientes do grupo discutido. O tratamento em indivíduos com predisposição a DM1 parece ser ainda mais efetiva em comparação com os recém-diagnosticados. A terapia retardou o diagnóstico, melhorou a função beta-pancreática e o estado metabólico, reduziu a perda de peptídeo C e a necessidade de insulina exógena. Mais estudos sobre a temática são indispensáveis.