Dados do Trabalho

Título

Perfil epidemiológico e distribuição de Linfoma de Hodking nas regiões brasileiras de 2013 - 2024

Fundamentação/Introdução

O linfoma é um tipo de câncer que se inicia com a transformação dos linfócitos no sistema linfático. No caso do Linfoma de Hodgkin (LH), a doença geralmente é localizada e assintomática no momento do diagnóstico.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico do LH no Brasil no período de 2013 a 2024, por meio da análise de parâmetros disponibilizados em plataforma virtual. Essa análise pode ter como desfecho o melhor alocamento de recursos para o enfrentamento dessa enfermidade.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, retrospectivo e analítico que examina a distribuição dos casos de LH no Brasil. A avaliação foi baseada em parâmetros como tempo de tratamento, distribuição por região, número de casos por sexo e faixa etária, utilizando a plataforma TabNet, uma ferramenta programa governamental DATASUS. Foram analisados 23.408 pacientes diagnosticados com LH no período de janeiro de 2013 a julho de 2024.

Resultados

Dos 23.408 casos de LH notificados em plataforma virtual no Brasil, o ano de 2019 foi aquele com maior número de novos casos, somando 2.327 pacientes acometidos. Quando se faz a divisão entre as regiões do País, o Sudeste apresenta o maior número de casos entre os últimos onze anos, chegando a um total de 9.986 casos. Em seguida, aparece a região Nordeste(5.402) , depois a região Sul (4.775), seguida do Centro Oeste (1.890), por último o Norte do país (1.355). Até julho de 2024, foram contabilizados 550 novos casos, sendo a maioria predominante também no Sudeste ( 244) .Entre as faixas etárias analisadas, percebe-se uma prevalência maior na população com idades entre 0 a 19 anos, com 4.887 casos. Acerca da distribuição entre os sexos, a doença prevalece entre os meninos, com uma frequência de 12.694 casos, contra 10.714 meninas com LH. Por fim, os pacientes com início de tratamento até 30 dias após o diagnóstico prevaleceram, com um número de 10.401 casos, contra 5.794 que tiveram que esperar por mais de 60 dias para começar a se tratar.

Conclusões/Considerações finais

Desse modo, essa análise epidemiológica fornece um parâmetro geral de como se comporta o LH no Brasil, sendo encontrada uma conformidade epidemiológica no que há relatado na literatura. Também fornece subsídios para que seja melhor realocados recursos para o tratamento da doença. Entretanto, esse estudo apresenta limitações por apenas conter dados do Sistema Público de Saúde, a qual não há auditoria consistente dos dados, havendo uma possível subnotificação de casos.