Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

CONHECER PARA RECONHECER: A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS SECUNDÁRIAS DA OSTEOPOROSE.

Introdução/Fundamentos

A osteoporose é uma doença osteometabólica definida como uma redução da densidade mineral óssea (DMO) e/ou alterações na microarquitetura do osso. É uma condição de fragilidade que aumenta o risco de fraturas. O subtipo primário, mais comum, está relacionado à idade avançada e à deficiência estrogênica na pós-menopausa. Já o secundário, relaciona-se às doenças crônicas, inflamatórias, endócrinas, neoplásicas, síndromes disabsortivas ou ao uso de medicamentos.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente com osteoporose secundária à baixo peso e hipercalciúria.

Descrição do Caso

Mulher, 49 anos, em perimenopausa, vem para consulta de rotina sem queixas. Ao exame físico: 46,9kg; 1,65m e IMC 17,2kg/m2 (baixo peso). Solicitada densitometria óssea que revelou em coluna lombar (CL) L1-L4 DMO 0,776g/cm2, T-score -3,4 e Z-score -3,0; em colo do fêmur (CF) DMO 0,637g/cm2, T-score -2,9 e Z-score -2,1; em fêmur total (FT) DMO 0,636g/cm2, T-score -3,0 e Z-score -2,5. Assim, foi solicitada pesquisa de causas secundárias, revelando hipercalciúria em urina de 24h (260mg, aproximadamente, 5,5mg/kg) e afastada outras causas durante a seguimento. Prescrito Hidroclorotiazida 25mg/dia a fim de reduzir a perda de cálcio urinário, otimizada ingesta de cálcio via dieta, suplementação de vitamina D para manter níveis entre 30-60 ng/mL, acompanhamento nutricional a fim de reduzir baixo peso e prática de exercício resistido. Um ano após, IMC 18,4kg/m2 e traz resultado de calciúria de 24h 170mg, aproximadamente, 3,4mg/kg e densitometria óssea, executada no mesmo aparelho, que revela ganho significativo de DMO em colo de fêmur (3,3%) e estabilidade em demais sítios com aumento de DMO de 3% em fêmur total e 2,4% em coluna lombar.

Conclusões/Considerações Finais

A osteoporose precisa ser investigada em pacientes fora da faixa habitual de rastreio da doença sempre que alguma causa secundária da doença for um achado em exame físico ou complementar. Para isso, é preciso que as principais causas de osteoporose secundária sejam reconhecidas, evitando prejuízos ao paciente.

Área

Tema Livre

Instituições

Centro Universitário Maurício de Nassau - Pernambuco - Brasil, Universidade Católica de Pernambuco - Pernambuco - Brasil, Universidade de Pernambuco- Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

MARIA CAMILA OLIVEIRA SILVA DE MELO, JEFFERSON FILIPE SILVA DE OLIVEIRA, NICOLLE INTERAMINENSE GATTÁS, SOFIA HOLMES CARVALHO, SÉRGIO RICARDO DE LIMA ANDRADE