Congresso Pernambucano de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE CHIKUNGUNYA POR FAIXA ETÁRIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2023

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: As arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes. A febre Chikungunya é um desses arbovírus, com transmissão pelo mosquito do gênero Aedes das espécies aegypti e albopictus com distribuição tropical que causa uma série de sintomas. O acometimento articular na chikungunya é causa importante de incapacidade física, impactando de forma significativa na qualidade de vida dos pacientes acometidos. A incapacidade laboral causada pela doença, em uma faixa etária economicamente ativa, amplia ainda mais a magnitude do problema para a população atingida.

Objetivos

Objetivos: Analisar e comparar os dados de notificação de chikungunya por faixa etária no estado de Pernambuco entre 2017 e 2023.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e quantitativo realizado a partir dos dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) e disponibilizados no DATASUS, acerca dos casos de chikungunya em Pernambuco de 2017 a 2023 relacionados à faixa etária.

Resultados

Resultados: O número total de casos notificados de chikungunya em Pernambuco entre os anos de 2017 e 2023 foi de 106.803. Quanto à distribuição em relação à faixa etária, a população de 20-39 anos foi a mais acometida com 37,8% dos casos, seguido do grupo dos 40-59 anos com 28,2%, enquanto que as parcelas do público < 1 ano e 80+ foram as menos afetadas com 1,7% e 1,2%, respectivamente. Quanto ao ano, 2021 apresentou o maior número de casos com 34,2%, seguido de 2022 com 33,9%, ao passo que no ano do início da pandemia (2020) em Pernambuco foram notificados apenas 8%.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: Portanto, evidencia-se que o público mais afetado foi a população economicamente ativa (20-59), o que provavelmente está relacionado à maior exposição e menor precaução desse público com o mosquito. Em 2020, o número de notificações de casos de Chikungunya foi relativamente baixo, possivelmente devido ao fato de a população estar majoritariamente em casa em função das medidas de isolamento social. Além disso, muitos sintomas de Chikungunya podem ter sido confundidos com os da COVID-19, resultando em subnotificações. Em contrapartida, nos anos de 2021 e 2022, com o início da diminuição dos casos de COVID-19 e o maior conhecimento sobre as diferenças entre as duas doenças, a população passou a ter mais acesso aos serviços de saúde, o que contribuiu para um aumento nas notificações de Chikungunya.

Palavras-chave: Febre Chikungunya, Arboviroses, Economia, COVID-19

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

IRIS Caroline de Oliveira Moura, Joanna Maria Medeiros Souto , Helen Gomes dos Santos Alves de Oliveira, Laís Diniz Pessoa de Santana, Natalia Menezes Nunes de Oliveira