Dados do Trabalho
Título
PREFERÊNCIA DO LOCAL DE MORTE PARA IDOSOS EM UMA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA DE FIM DE VIDA
Fundamentação/Introdução
O aumento da expectativa de vida e da prevalência de doenças crônicas tem trazido mudanças no entendimento de morte, exigindo uma abordagem que valorize a percepção social do idoso. A comunicação compassiva e a discussão sobre o fim da vida são essenciais para alinhar expectativas e respeitar os desejos dos pacientes. Nesse contexto, a integração precoce aos cuidados mostra benefícios significativos, permitindo conhecer as prioridades dos pacientes e direcionar o cuidado multiprofissional de forma individualizada e empática.
Objetivos
Identificar a preferência do local de morte de idosos, considerando a situação hipotética de um acometimento grave à saúde com prognóstico de um ano de vida.
Delineamento e Métodos
Realizou-se um estudo de corte transversal com componente analítico com idosos atendidos ambulatorialmente em hospital de referência em geriatria no Nordeste. A amostra incluiu 650 participantes com 60 anos ou mais, excluindo aqueles com déficits cognitivos. Utilizou-se um questionário validado baseado no projeto PRISMA, abordando preferências e prioridades em situação hipotética de fim de vida. A análise descritiva foi realizada no software Stata 13.0®, com frequências absolutas e relativas.
Resultados
Dos 650 idosos, 66,8% eram mulheres e 56,8% tinham entre 60-69 anos. No cenário de fim de vida, quanto ao local de óbito, se as condições lhes permitissem escolher, 56,7% gostariam de morrer no próprio domicílio, 20,8% no hospital e 12,8% em uma unidade de cuidados paliativos. Em relação a onde menos gostaria de morrer, a maioria, 45,6%, respondeu em instituição de longa permanência (ILPI), seguido de morte no hospital (25,1%) e em casa (12,2%).
Conclusões/Considerações finais
Idosos recifenses, se lhes fosse possível escolher, prefeririam morrer em casa e afirmam que não gostariam de morrer em ILPI. Esses achados revelam que a preferência da pessoa idosa reside especialmente no conforto e suporte familiar seguro, demonstrando sua significativa importância. As questões associadas aos cuidados de final de vida demandam um olhar para as diferentes faces do sofrimento humano, cujo cuidado deve tangenciar todos os possíveis desfechos até a morte. Validar o que é importante para cada pessoa que vivencia um estado de vulnerabilidade pela doença é considerado um direito humano fundamental e um imperativo ético na busca pela garantia do alívio do sofrimento e do respeito às suas prioridades.
Área
Tema Livre
Instituições
FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE - Pernambuco - Brasil
Autores
SOFIA CRONEMBERGER TENÓRIO, ALANA SOUTO MAIOR PEREIRA, LUKAS ALMEIDA OLIVEIRA DOS SANTOS, MATHEUS DA MOTTA CLEMENTE, WAGNER GOMES REIS GALVÃO