Dados do Trabalho

Título

Fadiga Digital e Bem-Estar dos Estudantes de Medicina: Análise das Consequências do Uso Excessivo de Tecnologias.

Fundamentação/Introdução

A presença das redes sociais na vida dos jovens tem se intensificado, moldando seus comportamentos, relações e saúde mental. Este estudo analisa o uso intensivo das redes sociais pelos jovens e suas repercussões no bem-estar psicológico e emocional. Compreender esses impactos é crucial para desenvolver intervenções e políticas que incentivem um uso saudável e equilibrado das tecnologias digitais, prevenindo problemas de saúde mental decorrentes do uso excessivo.

Objetivos

Descrever a prevalência de humor depressivo entre estudantes de medicina e como essa condição afeta a qualidade de vida desses discentes.

Delineamento e Métodos

Este estudo é um subprojeto de desenho transversal descritivo, derivado de um projeto de pesquisa maior, aprovado pelo comitê de ética (parecer Nº 6.728.317), com consentimento dos participantes. A amostra foi composta por 56 estudantes. A coleta de dados foi realizada remotamente através de um questionário. A análise dos dados foi feita de forma descritiva.

Resultados

Os resultados proporcionaram uma visão detalhada do perfil socioeconômico e demográfico dos 56 estudantes participantes. A média de idade foi de 25,7 anos (DP = 6,7), com uma maioria feminina (76,8%). Quanto ao estado civil, a maioria era solteira (82,1%) e cerca de 64% não estavam empregados. A investigação sobre a fadiga digital revelou que 64,2% dos participantes perceberam um aumento no uso da internet, e 37,5% nas redes sociais. Devido a esse aumento, 46,4% relataram que muitas de suas atividades de lazer passaram a ser online. Dos sintomas físicos relacionados à fadiga digital, 67,8% mencionaram má alimentação e 73,2% relataram dormir menos, especialmente durante o uso da internet. Além disso, 64,2% indicaram uma redução nas atividades físicas devido ao tempo gasto no mundo digital. O aumento do uso da internet e das redes sociais foi acompanhado por uma mudança nas atividades de lazer, com quase metade dos participantes optando por atividades online. Os sintomas físicos da fadiga digital, como má alimentação e sono reduzido, foram prevalentes, destacando os impactos negativos do uso excessivo da tecnologia. A redução das atividades físicas relacionadas ao mundo digital também é uma preocupação significativa.

Conclusões/Considerações finais

Os resultados demonstram uma forte correlação entre o aumento do uso da internet e das redes sociais com mudanças nos padrões de lazer, resultando em uma predominância de atividades online. Além disso, os sintomas físicos associados à fadiga digital, como má alimentação e sono insuficiente, evidenciam os efeitos adversos do uso excessivo da tecnologia. A diminuição das atividades físicas relacionadas ao mundo digital é alarmante, sublinhando a necessidade de estratégias para promover um equilíbrio saudável entre o uso digital e o estilo de vida offline.